Facebook compra startup capaz de transformar sinais do cérebro em comandos de computador
Objetivo da empresa é investir em tecnologia que permita a interface entre mente e computadores.
O Facebook anunciou que vai adquirir a startup CTRL-Labs, que é a fabricante de uma pulseira capaz de transformar sinais elétricos emitidos pelo cérebro em comandos de computador — o chamado "clicar com o cérebro".
De acordo com a agência Bloomberg, o negócio estaria avaliado entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão. Trata-se da maior aquisição do Facebook desde que a empresa comprou a fabricante de óculos de realidade virtual Oculus, por US$ 2 bilhões, em 2014.
A tecnologia da CTRL-Labs será incorporada a projetos que o Facebook mantém em realidades aumentada e virtual.
A pulseira fabricada pela CTRL-Labs é chamada de Myo e é capaz de fazer eletromiografia, para traduzir atividade muscular (como movimentos) em comandos de computador baseados em gestos. A CTRL-Labs comprou as patentes para essa pulseira no início deste ano.
Pulseira fabricada pela CTRL-Labs permite transcrever sinapses do cérebro em comandos de computador. Startup foi comprada pelo Facebook. — Foto: Divulgação
O anúncio foi confirmado por Andrew Bosworth, diretor de realidade aumentada e realidade virtual no Facebook, que postou o anúncio em sua página na rede social. Entre os criadores da CTRL-Labs está o neurocientista Thomas Reardon, que comandou o time que desenvolveu o navegador Internet Explorer na Microsoft.
Segundo Bosworth, ele "vai se unir ao time de Realidade no Facebook, onde nós esperamos construir esse tipo de tecnologia em escala, e levar isso para consumidores o mais rápido possível".
Para ele, a tecnologia desenvolvida pela CTRL-Labs será fundamental para o desenvolvimento de novas maneiras de interagir com máquinas sem a necessidade dos tradicionais mouse e teclado, tela sensível ao toque ou qualquer outra forma de controle.
"Tecnologia desse tipo tem o potencial de abrir novas possibilidades criativas e reimaginar invenções do século 19 no mundo do século 21", disse Bosworth.