Saiba como a 'morte' do Windows 7 afeta a sua vida
Sistema operacional da Microsoft foi lançado em 2009 e encerra seu ciclo de vida no dia 14 de janeiro.
Agora é para valer. Se você usa o Windows 7, você provavelmente deveria deixar de fazê-lo o mais rápido possível. Na próxima semana, mais especificamente a partir da terça-feira, 14 de janeiro, o sistema operacional, lançado em 2009, terá a sua “morte” decretada pela Microsoft, que já vinha alertando o público sobre a decisão há vários meses. Mas o que isso significa, afinal de contas?
Primeiro, é importante notar: quando você ligar o computador no dia 15, ele vai continuar funcionando normalmente. O Windows 7 não vai explodir o seu computador, ou nada parecido. O sistema operacional continuará funcionando como ele foi projetado para funcionar por tempo indeterminado. O que muda é a questão de segurança; por este motivo, não é recomendável continuar usando o sistema.
Quando o sistema operacional perde seu suporte, ele deixa de receber qualquer tipo de atualização, exceto para casos extremamente urgentes e graves, como foi na época do WannaCry. Na ocasião, a Microsoft decidiu liberar um update para solucionar a vulnerabilidade para o Windows XP, que já havia sido abandonado em definitivo alguns anos antes. Mesmo nestes casos urgentes, a companhia não tem mais obrigação de atualizar o sistema e o faz basicamente por boa vontade.
Isso significa que se uma falha existir no sistema operacional, ela vai continuar existindo pela eternidade. Talvez isso não faça muita diferença nas primeiras semanas após o abandono do Windows 7, mas com o passar dos meses e anos, as vulnerabilidades passarão a ser descobertas pelo cibercrime, que poderá se aproveitar delas para roubar informações pessoais e bancárias, que podem causar muito estrago na vida de uma pessoa e danos gigantescos para uma empresa despreparada.
Estarei totalmente desprotegido?
Existem formas de mitigar seus riscos, no entanto, caso você não possa realizar a atualização imediatamente. Neste caso, o importante é seguir o manual de boas práticas de segurança digital o mais rigidamente possível, porque a malha de segurança do sistema operacional está, por definição, furada e pode ceder a qualquer momento.
Boa parte delas tem a ver com bom-senso, que por si só já evita boa parte dos ciberataques. Isso inclui não clicar em links estranhos, por mais que a fonte pareça confiável, assim como não abrir arquivos de fontes desconhecidas.
Manter seu antivírus atualizado é uma recomendação que se torna ainda mais importante com o sistema operacional defasado, mas as medidas cautelares não param aí. Todos os softwares que você utiliza com mais regularidade, como o seu navegador, o Office, os plugins como Flash e Java (se você ainda os tem instalados), também merecem atenção.
Pelo fato de que o Windows 7 ainda é extremamente popular, é pouco provável que empresas abandonem as atualizações de seus aplicativos para a versão. O Google, por exemplo, já confirmou que continuará suportando o Chrome no sistema da Microsoft, mesmo diante do fim do seu ciclo de vida.
Por fim, também é recomendável usar o sistema operacional sem privilégios de administrador. Desta forma, fica muito mais difícil para que um vírus ou outro tipo de software malicioso tome o controle completo do seu PC, mesmo se você for infectado. Ative os recursos de administrador apenas quando for estritamente necessário, e depois os desative novamente.
Essas medidas podem prolongar a vida saudável do seu computador com Windows 7, mas a ideia é que elas sejam apenas temporárias. A qualquer momento pode ser descoberta uma nova falha grave no sistema que sequer dependa da sua intervenção como usuário para ser bem-sucedida. Também não há como garantir que os outros programas que você usa regularmente continuarão a receber atualizações, já que a base de usuários tende a declinar naturalmente com o passar do tempo.
Para empresas que realmente dependerem do Windows 7 e não puderem atualizar seus sistemas, existe uma outra opção. É possível pagar para continuar usufruindo por mais algum tempo de atualizações do sistema operacional, por meio de um programa chamado Extended Security Updates (ESU), que oferecerá atualizações por mais três anos após 2020, sendo que os preços aumentarão a cada ano, sendo limitado apenas às versões Professional e Enterprise do sistema.